Ditadura

Postado dia 13 de fevereiro de 2020 por Web4 Brasília
Confesso que sempre tive vontade de ser um ditador.
Para a grande maioria das pessoas, isso pode soar estranho, entretanto…
Não tenho um pingo de constrangimento em expressar quem eu sou, ou melhor, quem eu acho que sou.
Como ditador, minha primeira ordem seria a não vinculação de tragédias em televisões e rádios…
Tais meios de comunicações existiriam apenas pra mostrar todo o bem que a humanidade é capaz de fazer.
O Brasil seria bombardeado pela bondade em forma de matérias televisivas.
É óbvio que a vontade de ver uma maldade pulsaria em um povo que a anos se acostumou com o lixo publicado.
O vício pela carnificina levaria essas pessoas a acessar os assassinatos, estupros e dilúvios na internet…
Rede essa que estaria totalmente monitorada pelo meu governo ditador.
A cada acesso, tais pessoas seriam negativadas e teriam que assumir um tipo de pontuação desfavorável aos olhos do meu governo que as puniria de alguma forma não sangrenta.
O que estaria liberado?
Tudo o que fosse do bem.
Todo ditador pensa ser capaz de mudar uma nação e eu não seria diferente.
Com uma overdose de coisas boas sendo transmitidas diariamente, acredito que isso influenciaria o povo a praticar o bem.
Radical como todo ditador é…
Eu construiria um estado separado dos demais e o batizaria de “estado da maldade”, ou seja…
Quem não suportasse o bem, poderia ir se contaminar no estado do quinto dos infernos…
Estado esse onde tudo estaria liberado, inclusive o seu assassinato.